7 de dezembro de 2012

Princípios Éticos Permanentes do Antigo Concerto

Acredito que esse tema, é algo de estrema importância nos dias de hoje, pois devido a tantas invenções “gospels”, o povo de Deus, deixou de entender o que ainda devemos guardar das leis do antigo concerto, e o que devemos deixar.
Para tornar as coisas mais claras, sempre lembre-se de que: todas as leis morais, dadas aos israelitas para cumprirem, permanecem até hoje para praticarmos; todas as leis ritualísticas, dada aos israelitas, para observarem e cumprirem, Jesus já ofereceu por nós, ao morrer na cruz, como o sumo sacerdote eterno.

OBS: Caso haja alguma dúvida, leia o livro de Hebreus, onde explica detalhadamente sobre esse assunto (leis ritualísticas…).

1. Dignidade da vida humana
O direito à vida é garantido (Êx 20.13).

2. Dignidade da mulher
Apesar do papel submisso da mulher na sociedade, a lei lhe conferia direitos fundamentais (Êx 21.7-10).

3. Dignidade pessoal
A ninguém era facultado o direito de maltratar, explorar ou oprimir o seu próximo, pois à fraternidade era o ideal da lei divina (Lv 19.13-17).

4. Castigo proporcional à falta cometida
(O castigo imputado ao réu não podia ser excessivo, para que este não viesse a se sentir aviltado (Dt 25.1-5).

5. Propriedade e herança
A lei garantia o direito à propriedade, e a transmissão desta como herança aos descendentes legais (Lv 25; Êx 20.15; Êx 21.33-36; 22.1-15).

6. Trabalho
Todos tinham direito de receber justa remuneração pelo trabalho executado (Lv 19.13).

7. Proteção aos desamparados
Havia provisão necessária para se assistir o órfão, a viúva, o estrangeiro e o que havia caído na miséria (Lv 19.10; 23.22).

8. Descanso
Todos deviam observar, semanalmente, um dia de repouso (Êx 23.12).
[Nesse caso, para nós, ficou o domingo, para termos mais tempo para a família, e cultuarmos a Deus na congregação, com todos os irmãos. O que devemos lembrar, é que TODOS os dias tem que ser consagrados à Deus].

9. Ecologia
Os recursos naturais eram protegidos, sendo designada à terra um descanso específico (Êx 23.12).

10. A família e o matrimônio
Os mandamentos, como um todo, protegiam os vínculos familiares, e mantinham inviolável o recesso do matrimônio (Êx 20.12,14; Dt 5.8; 20.10-22).

Conforme se pode ver, tais princípios continuam a vigorar na dispensação da graça. As culturas influenciadas pela tradição hebraico-cristã refletem em suas leis os mesmos princípios. O valor, respeito e respaldo oriundos desse embasamento religioso-jurídico vem preservando a raça adâmica da anarquia e da degenerescência. Os princípios bíblicos nascidos da natureza moral e imutável de Deus, são a melhor garantia para se ter uma sociedade estável, segura e eticamente responsável.

Fonte: Bíblia de Estudo Pentecostal

Esboços – Levíticos

Esboços - Levítico

O Título

A Septuaginta deu o nome de Levítico (= Lv) a este terceiro livro da Bíblia, possivelmente para indicar que se trata de um texto destinado de modo particular aos levitas. Estes estavam encarregados de exercer o ministério sacerdotal e de atender aos múltiplos detalhes do culto tributado a Deus pelos israelitas. A Bíblia Hebraica, conforme a norma observada em todo o Pentateuco, nomeia o livro pela sua primeira palavra, Wayiqrá, que significa “e chamou”.

Os Levitas

Ap ser repartida a terra d Canaã, os levitas (isto é, os membros da tribo de Levi) receberam, em lugar de território, quarenta e oito “cidades para habitá-las” (Nm 35.2-8; cf. Js 21.1-42; 1Cr 6.54-81), repartidas entre as terras atribuídas às outras tribos. Eles, ao contrário, haviam sido separadamente por Deus para servir-lhe, para cuidarem das coisas sagradas e celebrarem os ofícios religiosos. Esta é a função específica a eles atribuída, especialmente depois que o culto e tudo que com ele se relacionava foram centralizados no templo de Jerusalém.

Conteúdo do Livro

Na sua maior parte, Levítico é formado por um conjunto de prescrições extremamente minuciosas, tendendo a fazer do cerimonial cúltico, como expressão da fé em Deus, o eixo ao redor do qual devia girar toda a vida do povo.
Este livro ritualista, cheio de instruções sobre o culto e disposições de caráter legal, encerra uma mensagem de alto valor religioso, na qual a santidade aparece como o princípio teológico predominante. Javé, o Deus de Israel, o Deus santo requer do seu povo escolhido que seja igualmente: “Santo sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” (19.2). Em consequencia, todas as normas e prescrições de Levítico estão ordenadas com a finalidade de estabelecer sobre a terra uma nação diferente das demais, separada para o seu Deus, consagrada inteiramente ao serviço do seu Senhor. Por isso, todas as formas legais e todos os elementos simbólicos do culto – vestes, ornamentos, ofertas e sacrifícios – têm uma dupla vertente: por um lado, louvar e homenagear, devidamente ao Deus eterno, criador e senhor de todas as coisas, por outro lado, fazer com que Israel entenda o significado da santidade e disponha de instrumentos de jurídicos, morais e religiosos para ser o povo santo que Deus quer que seja.

Divisão do Livro

Pode-se dividir o livro em várias seções:
A primeira delas (caps. 1 –7) é dedicada inteiramente à regulamentação da apresentação das ofertas e sacrifícios oferecidos como demonstração de gratidão ao Senhor ou como sinal de arrependimento e expiação de algum pecado cometido.
A segunda seção (caps. 8 – 10) descreve o ritual seguido por Moisés para consagrar como sacerdotes a Arão e aos seus filhos. Consiste em um conjunto de cerimônias oficiadas por Moisés conforme as instruções recebidas de Deus (cf Êxodo 29.1-37). Esses ritos de consagração, que incluem sacrifícios de animais e o uso de vestimentas especiais, foram o passo inicial para instauração do sacerdócio arônico–levítico, instituição que fundamenta a unidade corporativa do Israel antigo. O capítulo 10 relata a morte de dois filhos de Arão, por causa de um pecado de caráter ritual.
Os capítulos 11 – 15 formam a terceira seção do livro, dedicada a definir os termos da pureza e da impureza rituais. Fixa também as normas das quais, deveria se submeter todo aquele ou tudo aquilo que houvesse incorrido em algum tipo de impureza.
A seção seguinte traz a descrição dos ritos próprios do grande Dia da Expiação (hebr. Yom Kippur), que todo o povo deve celebrar no dia 10 do sétimo mês de cada ano.
A quinta seção (caps. 17 – 25) se ocupa da assim chama A Lei de Santidade, enunciada de forma sintética em 19.2. Aqui nos encontramos em pleno coração do livro de Levítico, onde junto algumas instruções relativas ao culto, se assinalam as normas que Israel, tanto sacerdotes como povo, está obrigado a observar para que a vida de cada um, e cada um em particular, e da comunidade em geral permaneça regida pelos princípios da santidade, da justiça e do amor fraterno.
Os dois últimos capítulos, incluem respectivamente, uma série de bênçãos e maldições, que correspondem a atitudes de obediência ou desobediência a Deus (cap. 26), e uma relação de pessoas, animais e coisas que estão consagradas a Deus (cap. 27).

Esboço:

1. Ofertas e sacrifícios (1.1 – 7.38).
2. Consagração do sacerdote (8.1 – 10.20).
3. Leis referentes à pureza e impureza legais (11.1 – 15.33).
4. O Dia da Expiação (16.1-34)
5. A “Lei de santidade” (17.1 – 25.55).
6. Bênçãos e maldições (26.1-46).
7. Sobre o que é consagrado a Deus (27.1-34).

Fonte: Bíblia de Estudo Almeida

6 de dezembro de 2012

Os Assírios

 

Os assírios ocuparam a parte Norte do atual Iraque (a terra entre os rios Tigre e Eufrates) durante a maior parte do período coberto pelo AT. Os montes e as planícies desta fértil terra contrastam com o deserto que se encontra a oeste e com as pedregosas montanhas ao Norte e a Leste. Por isso, os assírios constantemente tiveram que defender seus país dos invasores.

 Os Assírios

História

Os assírios eram, em sua maioria, um povo semítico (grupo a que pertenciam os israelitas); seu idioma era muito semelhante ao babilônico. Também usavam o sistema de escrita cuneiforme, feita com sinais em forma de cunha, que representavam sons ou sílabas e eram escritos em tabletes de barro com uma espécie de punção (depois chamado “ponteiro”).
As listas reais mostram que os assírios já estavam em sua terra por volta do ano 2300 a.C., e a arqueologia assinala que Nínive foi fundada em cerca de 4000 a.C. Por volta do ano 1100 a.C., a Assíria já havia se tornado um potência do Oriente. Logo depois, passou por um tempo de decadência, mas a partir de 900 a.C. teve uma série de reis de grande poder, os quais lançaram as bases do poderoso Império Assírio.

Vida e Arte

Com o império veio também a riqueza. As histórias narradas na Bíblia e em outros documentos, mais as cenas de batalhas que decoravam as paredes dos palácios assírios, dão a impressão de que eram um povo cruel e guerreiro. Porém a vida assíria não se limitava somente à guerra.
Os reis construíam grandes palácios e templos nas cidades mais importantes (Nínive, Assur e Calá). As paredes estavam revestidas com placas de pedras talhadas em baixo relevo. Tais placas mostravam o rei durante a caça, o tratamento com seus vassalos ou a adoração aos seus deuses, e também narravam suas vitórias. O mobiliário dos palácios era ricamente decorado com painéis de marfim talhado ou gravado. O rei, com a rainha ao seu lado, descansava em um sofá e bebia em taças douradas.

Bibliotecas

Milhares de tabletes de barro eram guardados nas bibliotecas dos palácios. Muitos deles continham assuntos diplomáticos e administrativos, outros detalhavam determinado reinado. Há também documentos legais, dicionários e listas de palavras. A literatura assíria inclui grandes épicos de história primitiva e lendas (entre elas as famosas histórias do dilúvio e da criação), e outras histórias dos deuses.

Religião

Assur, o deus nacional da Assíria, era considerado o rei dos deuses. Cria-se que ele e os outros deuses (deus da lua, deus do sol, deus do clima, deusa do amor e da guerra, etc.) controlavam todas as coisas. Cada cidade tinham um templo principal onde se adorava o deus da cidade (deus patrono). No dia especial do deus e nas grandes festividades, as pessoas se aglomeravam para ver as procissões, onde se exibiam as estátuas do deus.
Levavam muito a sério o mundo espiritual. Usavam amuletos para afugentar os espíritos malignos e os demônios, os quais causavam problemas e provocavam enfermidades. Consultavam adivinhos e astrólogos para conhecer o futuro. Ofereciam oferendas aos mortos. Sem dúvida, a religião assíria não previa nenhuma esperança de vida depois da morte.

Assíria e Israel

Os assírios entram na história bíblica na época dos últimos reis de Israel (séc. VIII a.C), quando Isaías (o profeta) estava fazendo-se conhecer no reino de Judá. Até este tempo, ano 840 a.C., a Assíria havia considerado Israel como estado vassalo. O obelisco de pedra negra que documenta as vitórias de Salmanasar III, mostra Jeú, rei de Israel, rendendo tributo (cf. 2Rs 9 9 – 10).
Em 745 a.C., Tiglate Pileser III ascende ao trono da Assíria. Invadiu Israel e forçou o rei Menaém a renovar o pagamento do tributo (2Rs 15.17-23). Anos mais tarde, o rei assírio voltou a invadir Israel, capturou terras e cidades e exilou muitas pessoas. (Para evitar problemas posteriores, os assírios tinham por hábito mandar ao exílio os conquistados e os estabeleciam em outro país.)
Oséias, rei de Israel, resistiu aos assírios. Foi derrotado, mas logo se revoltou. Nesta ocasião, o rei assírio Samaneser V sitiou e capturou Samaria, a capital de Israel. Toda a população foi enviada ao exílio; Samaria foi reprovada com pessoas de outros povos no ano 721 a.C. (2Rs 17; 18.9-12). Sargão II, sucessor de Salmaneser, declara haver exilado como prisioneiros a”… 27.290 de seus habitantes junto com seus carros… e os deuses nos quais confiavam.”

Assíria e Judá

O reino de Judá tornou-se vassalo assírio ao pedir proteção contra o ataque de Israel e Síria (2Rs 16.1-9). Assim, quando o rei Ezequias buscou a independência de Judá, sua ação levou o exército assírio até Judá. O rei assírio sitiou e capturou Laquis e enviou um grande exército contra Jerusalém. Ezequias, por conselho do profeta Isaías, não rendeu, e os assírios tiveram que retroceder (2Rs 18.1-8 19.37).
Judá permaneceu leal à Assíria até que o império foi derrotado pelos babilônicos, que capturavam Nínive, a capital assíria, no ano 612 a.C (cf. Dn 5).

© Fonte: Bíblia de Estudo Almeida

26 de outubro de 2012

O Temor do Senhor

Versículo Tema:

“Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o SENHOR, vosso Deus para se vos ensinar, para que os fizésseis na terra a que passais a possuir; para que temas ao SENHOR, teu Deus, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos, que eu te ordeno, tu e teu filho, e o filho do teu filho, todos os dias da tua vida: e que teus dias sejam prolongados” (Deuteronômio 6.1-2).

O Temor do Senhor

Um mandamento frenquente ao povo de deus do AT é “temer a Deus” ou “temer ao Senhor”. É importante que saibamos o que esse mandamento significa para nós como crentes. Somente à medida que verdadeiramente temermos ao Senhor é que seremos libertos da escravidão de todas as formas de temores anormais e satânicas.

O SIGNIFICADO DO TEMOR DE DEUS

O mandamento geral de “temer ao Senhor” inclui uma variedade de aspectos do relacionamento entre o crente e Deus.

1. É fundamental no temor de Deus, reconhecer sua santidade, justiça e retidão como complemento do seu amor e misericórdia, i.e., conhecê-lo e compreender completamente quem Ele é (cf. Pv 2.5). Esse temor baseia-se no reconhecimento que Deus é um Deus santo, cuja natureza inerente o leva a condenar o pecado.

2. Temer ao Senhor é considerá-lo com santo temor e reverência e honrá-lo como Deus, por causa da sua excelsa glória, santidade, majestade e poder. Quando, por exemplo, os israelitas no monte Sinai viram Deus manifestar-se através de “trovões e relâmpagos sobre o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido de buzina mui forte” o povo inteiro “estremeceu” (Êx 19.16) e implorou a Moisés que este falasse, ao invés de Deus (Êx 20.18,19; Dt 5.22-27). Além disso, o salmista, na sua reflexão a respeito do Criador, declara explicitamente: “Tema toda a terra ao SENHOR; temam-no todos os moradores do mundo. Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu” (Sl 33.8,9).

3. O verdadeiro temor de Deus leva o crente a crer e confiar exclusivamente nEle para a salvação. Por exemplo: depois que os israelitas atravessaram o mar Vermelho como em terra seca e viram a extrema destruição do exército egípcio, “temeu o povo ao SENHOR e creu no SENHOR”. Semelhantemente, o salmista conclama a todos os que temem ao Senhor: “confiai no SENHOR; ele é o vosso auxílio e vosso escudo” (Sl 115.11). Noutras palavras, o temor ao Senhor produz no povo de Deus esperança e confiança nEle. Não é de admirar, pois, que tais pessoas se salvem (Sl 85.9) e desfrutem do amor perdoador de Deus, e da sua misericórdia (Lc 1.50; cf. Sl 103.11; 130.4).

4. Finalmente, temer a Deus significa reconhecer que Ele é um Deus que se ira contra o pecado e que tem poder para castigar quem transgride suas justas leis, tanto no tempo como na eternidade (cf. Sl 76.7,8).
Quando Adão e Eva pecaram no jardim do Éden, tiveram medo e procuraram esconder-se da presença de Deus (Gn 3.8-10). Moisés experimentou esse aspecto e do temor de Deus quando passou quarenta dias e quarenta noites em oração, intercedendo pelos israelitas transgressores: “temi por causa da ira de do furor com que o SENHOR tanto estava irado contra vós, para vos destruir (Dt 9.19).

RAZÕES PARA TERMOS TEMOR DE DEUS

As razões para temer o Senhor vêm do significado do temor do Senhor.

1. Devemos temê-lo por causa do seu grande poder como o Criador de todas as coisas e de todas as pessoas (Sl 33.6-9; 96.4,5; Jo 1.9).

2. Além disso, o poder inspirador de santo temor que Ele exerce sobre os elementos da criação e sobre nós é motivo de temê-lo (Êx 20.18-20; Ec 3.14; Jn 1.11-16; Mc 4.39-41).

3. Quando nós nos apercebemos da santidade do nosso Deus, i.e., sua separação do pecado, e sua aversão constante a ele, a resposta normal do espírito humano é temê-lo (Ap 15.4).

4. Todos quantos contemplarem o esplendor da glória de Deus não podem deixar de experimentar reverente temor (Mt 17.18).

5. As bênçãos contínuas que recebemos da parte de Deus, especialmente o perdão dos nossos pecados (Sl 130.4), devem nos levar a temê-lo e amá-lo (1 Sm 12.24; Sl 34.9; 67.7; Jr 5.24).

6. É indubitável que o fato de Deus ser um Deus de justiça, que julgará a totalidade da raça humana, gera o temor a Ele (17.12,13; Is 59.18,19; Ml 3.5; Hb 10.26-31). É uma verdade solene e santa que Deus constantemente observa e avalia as nossas ações, tanto as boas quanto as más, e que seremos responsabilizados por essas ações, tanto agora como no dia do nosso julgamento individual.

CONOTAÇÕES PESSOAS LIGADAS AO TEMOR DE DEUS

O temor de Deus é muito mais do que uma doutrina bíblica; ele é diretamente aplicável à nossa vida diária, de um numerosas maneiras.

1. Primeiramente, se realmente tememos ao Senhor, temos uma vida de obediência aos seus mandamentos e damos sempre um “não” estridente ao pecado. Uma das razões por que Deus inspirou o temor nos israelitas no monte Sinai foi para que aprendessem a desviar-se do pecado e a obedecer à sua lei (Êx 20.20). Repetidas vezes no seu discurso final aos israelitas, Moisés mostrou o relacionamento entre o temor ao Senhor e o serviço e a obediência a Ele (e.g., 5.29; 6.2,24; 10.12; 13.4; 17.19; 31.12). Segundo os salmistas, temer ao Senhor equivale a deleitar-se nos seus mandamentos (Sl 112.1) e seguir os seus preceitos (Sl 119.63). Salomão ensinou que “pelo temor do SENHOR, os homens se desviam do mal (Pv 16.6; cf. 8.13). Em Eclesiastes, o dever inteiro da raça humana resume-se em dois breves imperativos: “Teme a Deus e guarda os seus mandamentos” (Ec 12.13). Inversamente, aquele que se contenta em viver na iniquidade, assim faz porque “não há o temor de Deus perante os seus olhos” (Sl 36.1-4).

2. Um corolário importante da conotação supra é que o crente deve ensinar seus filhos a temer ao Senhor, levando-os a abominar o pecado e a guardar os santos mandamentos de Deus (4.10; 6.1,2,6-9). A Bíblia declara frequentemente que “O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria” (Sl 111.10; cf. Jó 28.28; Pv 1.7; 9.10). Visto que um alvo básico na educação de nossos filhos é que vivam segundo os princípios da sabedoria estabelecidos por Deus (Pv 1.1-6), ensinar esses filhos a temeram ao Senhor é um primeiro passo decisivo.

3. O temor de Deus tem um efeito santificante sobre o povo de Deus. Assim como há um efeito santificante na verdade da Palavra de Deus (Jo 17.17), assim também há um efeito santificante no temor a Deus. Esse temor inspira-nos a evitar o pecado e desviar-nos do mal (Pv 3.7; 8.13; 16.6). Ele nos leva a ser cuidadosos e comedidos no que falamos (Pv 10.19; Ec 5.2,6,7). Ele nos protege do colapso da nossa consciência, bem como a nossa firmeza moral. O temor do Senhor é puro e purificador (Sl 19.9); é santo e libertador no seu efeito.

4. O temor do Senhor motiva o povo de Deus a adorá-lo de todo o seu ser. Se realmente tememos a Deus, nós o adoramos e o glorificamos como o Senhor de tudo (Sl 22.23). Igualmente, no final da história, quando um anjo da esfera celestial proclama o evangelho eterno e conclama a todos na terra a temerem a Deus, acrescenta prontamente: “e dai-lhe glória… E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Ap 14.6,7).

5. Deus promete que recompensará a todos que o temem. “O galardão da humildade e o temor do SENHOR são riquezas, e honra, e vida” (Pv 22.4). Outras recompensas prometidas são a proteção a morte (Pv 14.26,27), provisões para nossas necessidades diárias (Sl 34.9; 111.5), e uma vida longa (Pv 10.27). Aqueles que temem ao Senhor sabem que “bem sucede aos que temem a Deus”, não importando o que aconteça no mundo ao redor (Ec 8.12,13).

6. Finalmente, o temor ao Senhor confere segurança e consolo espiritual indizíveis para o povo de Deus. O NT vincula diretamente o temor de Deus ao conforto do Espírito Santo (At 9.31). Por um lado, quem não teme ao Senhor não tem qualquer consciência da sua presença, graça e proteção; por outro lado, os que temem a Deus e guardam os mandamentos dEle têm experiência profunda de proteção espiritual na sua vida, e da unção do Espírito Santo. Têm certeza de que Deus vai “livrar a sua alma da morte” (Sl 33.18,19).

Fonte: Bíblia de Estudo Pentecostal

25 de outubro de 2012

Heróis da Fé

Eusébio de Cesaréia (265-339)

Eusébio de Cesaréia

Incentivado por Constantino, Eusébio fez a narração da primeira história do cristianismo, coroando-a com a sua imperial adesão a Cristo. “A ortodoxia era apenas uma das várias formas de cristianismo, durante o século III, e pode só ter se tornado dominante no tempo de Eusébio” (JOHNSON, 2001:69).

  • Cesaréia

Fundada pelo rei Herodes no século I a.C. em um porto comercial fenício e grego denominado Torre de Straton, Cesaréia foi assim denominada pelo monarca em homenagem ao imperador romano César Augusto. A cidade foi detalhadamente descrita pelo historiador judeu Flávio Josefo. Era uma cidade murada, com o maior porto na costa ocidental do Mediterrâneo chamado “Sebastos”, nome grego do imperador Augusto.

24 de outubro de 2012

O Antigo Egito

O Antigo Egito 
Hoje em dia, muitos conhecem o antigo Egito apenas pelas suas pirâmides, a esfinge, a escrita hieroglífica e os tesouros de seus governantes.

O Nilo

Sem o Nilo, o Egito teria sido apenas um árido deserto. Casa ano, esse rio transborda e, ao voltar ao seu leito normal, deixa atrás uma fértil capa de barro preto. Nestas franjas férteis pode crescer grande variedade de grãos. Em ambos os lado dessa faixa verde se estende o deserto.

História

O Egito é uma das civilizações mais antigas. O ser humano habita o vale Nilo desde a Idade da Pedra. A história escrita do Egito e de suas famílias reais (os “Faraós”) data de antes do ano 3000 a.C. Antes da época de Abrão, poderosos faraós haviam conquistado até as regiões ao sul do Sudão.
Em algum momento entre 1700 e 1650 a.C., o Egito foi invadido por um grande grupo de estrangeiros. Muitos deles eram semitas (gente de raça e língua similares às dos patriarcas israelitas). Logo conquistaram o Egito.
Desde a sua capital, ao nordeste do delta do Nilo, os governantes semitas (chamados “hicsos) controlavam um império que abrangia a maioria do território egípcio e toda a Palestina. Alguns estudiosos dizem que foi um desses governantes que protegeu José (cf. Gn 41 – 50).
Próximo do ano 1550 a.C., o Império Hicso foi derrotado. Amosis I fundou uma nova dinastia de Faraós. Seu império expandiu-se, alcançando sua máxima extensão nos reinados de Tutmosis III e Ramssés II. Um considerável número de intérpretes crê que o Faraó do êxodo foi Ramassés II (cf. Êx 5 – 14).

Fabricantes de Tijolos

Para construir suas cidades reais, os Faraós precisavam de tijolos. Para fazê-los, os homens escavavam argila e a misturavam com palha. Com essa mistura enchiam moldes de madeira e os colocavam ao sol para que a mistura secasse e endurecesse (cf. Êx  5.7-19). Esse mesmo método ainda é empregado em alguns países.

Escrita

A idéia de escrita, inventada na Babilônia entre 3500 e 3000 a.C chegou rapidamente ao Egito. Os sacerdotes egípcios logo inventaram seu próprio sistema de expressar idéias por meios de desenhos (“hieróglifos”). Muito do que sabemos do Antigo Egito provém dos hieróglifos encontrados em edifícios e monumentos, e de livros, cartas e crônicas escritos em um estilo manuscrito abreviado, chamado “hierático”.

Vestimenta

As vestimentas egípcias era de linho. Os homens usavam saias; as mulheres, vestidos retos com alças nos ombros. Os ricos vestiam linho fino plissado, em geral branco, mas também coloridos. Quando se vestiam para ocasiões especiais usavam pesadas perucas e jóias (anéis, braceletes, colares e fitas para a cabeça). Mantinham sua pele suave com azeite, usavam maquiagem preta para os olhos e perfumes.

Hábeis Artesãos

O rei e sua corte empregavam muitos artesãos hábeis, pintores, escultores, ourives e prateiros. Como os egípcios acreditavam que a vida após a morte era muito similar à vida presente, enchiam os túmulos com objetos familiares do defunto e com pinturas que produziam cenas da vida cotidiana.

Os deuses Egípcios

Os antigos egípcios tinham muitos deuses: deuses que governavam os fenômenos naturais, deuses da verdade, da justiça, da sabedoria, etc. O rei do mundo do além túmulo (o mundo dos mortos) era Osíris, que tinha as chaves da vida depois da morte. O Faraó era o intermediário entre os deuses e as pessoas. Nos templos, os sacerdotes serviam aos deuses como se fossem reis humanos. As pessoas comuns só viam as imagens das grandes divindades nos dias festivos, quando elas saíam em procissão.

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Fonte: Bíblia de Estudo Almeida
Copyright © 1999 Sociedade Bíblia do Brasil
Todos os direitos reservados
Texto bíblico:
Tradução de João Ferreira de Almeida
Revista e Atualizada – 2a. edição
Copyright © 1993 Sociedade Bíblica do Brasil

Esboços – Êxodo

Esboços - Êxodo

O Título

Este livro tira o seu nome daquele fato que constitui o fio condutor de toda a sua narrativa: a saída dos israelitas do Egito e os anos em que viveram no deserto antes de chegar a Canaã, a Terra Prometida. De fato, a mesma palavra grega (êxodos), utilizada pela Septuaginta como a palavra portuguesa equivalente se definem propriamente como “saída”. Por sua vez, a Bíblia Hebraica intitula o livro com uma das primeiras palavras: Shemoth, que significa “nomes”.

A História

O livro de Êxodo (= Êx) oferece alguns dados que, dentro de uma certa margem de probabilidade, permite delimitar a época em que aconteceram os fatos referidos. Tais dados, ainda que insuficientes para estabelecer datas precisas, têm um inegável valor histórico. Por exemplo, 1.11 revela que os israelitas, residentes no Egito durante 430 anos (12.40-41), foram obrigados a trabalhar na construção de duas cidades: Pitom e Ramassés (chamada, em egípcio, de Casa de Ramassés). Esse fato sucedeu entre fins do séc. XVI e início do séc. XIII a.C.

Conteúdo do Livro

A primeira parte do livro de Êxodo (1.1 – 15.21) relata a mudança de situação que, para os descendentes de Jacó, supôs que um “novo rei"… que não conhecera José” (1.8) havia começado a reinar sobre o Egito. A narrativa não se ajusta a uma cronologia estrita; e à primeira vista, parece que os fatos se sucedem sem solução de continuidade. No entanto, uma leitura atenta leva à evidência de que, entre o assentamento de de Jacó em Gósen (Gn 46.1 – 47.6) e o reinado do novo faraó, transcorreram os 430 anos da permanência dos israelitas no Egito (cf. 1.7). Foi somente no final deste período que a hospitalidade egípcia (Gn 47.5-10) se transformou em opressão, sendo os israelitas reduzidos à escravidão (1.13). Naquela penosa condição, as suas súplicas chegaram aos ouvidos do SENHOR (2;24-25; 3.7), que chamou a Moisés e se revelou a ele em Horebe, o “monte de Deus” (3.1), para lhe confiar a missão de libertar o povo (3.15 – 4.17). Com uma extraordinária demonstração de sinais portentosos, Deus, por meio de Moisés, obriga o faraó a conceder, liberdade à multidão israelita (12.37-38). Esta, depois de celebrar a primeira Páscoa como um sinal de salvação, empreendeu a marcha a caminho do mar e o atravessa a pé enxuto pelo mesmo ponto em que depois as águas cobriram o exército egípcio. O povo, então, junto com Moisés e Miriã, expressa a sua gratidão a Deus entoando um cântico, que é um dos testemunhos mais antigos da milagrosa libertação de Israel (15.1-18,21).

A segunda parte do livro (15.22 – 18.27) recolhe uma série de episódios relacionados com a marcha dos israelitas pelo deserto. Depois de atravessado o mar, adentraram as paragens secas e áridas da península do Sinai. Na sua nova situação, viram-se expostos a graves dificuldades e perigos, desconhecidos para eles até então. A fome, a sede e a aberta hostilidade de outros habitantes da região, como os amalequitas, foram causa de freqüentes queixas e murmurações contra Moisés e contra o SENHOR (15.24; 16.2; 17.2-7). Muitos protestavam abertamente e, parecendo-lhes melhor comer e beber como escravos do que assumir as responsabilidades da liberdade, clamavam: “Quem nos dera tivéssemos morrido pela mão do Senhor, na terra do Egito, quando estávamos sentados juntos às panelas de carne e comíamos pão a fartar” (16.3). Por isso, Moisés teve de interceder repetidas vezes diante de Deus em favor dos israelitas, e o SENHOR os atendeu em todas as suas necessidades. Alimentou-os com codornizes e maná (cap 16), fez brotar água da rocha para matar a sua sede (17.7-7; cf. Nm 20.2-13) e os livrou dos inimigos que os acossavam (17.8-16).
A marcha pelo deserto do Sinai tinha como objetivo final o país de Canaã. Ali estava a Terra Prometida, descrita como uma “terra que mana leite e mel” (3.8). Porém, antes de chegar a ela, o povo de Israel tinha de aprender que o SENHOR Deus o havia tomado dentre todos os outros povos da terra para lhe ser consagrado como o povo da sua “propriedade”, como um “reino de sacerdotes e nação santa” (Êx 19.5-6; cf. Dt 4.20; 7.6). O monte Sinai foi o cenário escolhido por Deus para estabelecer a sua aliança com Israel e constituí-lo a sua propriedade peculiar.
Essa aliança significava, pois, um compromisso para o povo, que ficava obrigado a viver em santidade. Esta era a parte que lhe correspondia, em resposta à eleição com que Deus o havia distinguido de maneira gratuita. Para que isso fosse possível, Deus mesmo deu a conhecer ao seu povo, na lei proclamada no Sinai, o que dele exigia e esperava que cumprisse pontualmente.
A Lei (hebr. torah), que é dada pelas mãos de Moisés, começa com a série de disposições universalmente conhecida como O Decálogo ou Os Dez Mandamentos, que começa assim: “Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim” (20.2-3). Com essas palavras fica estabelecida a vinculação exclusiva e definitiva de Israel como o Deus que o havia libertado e o havia atraído como que “sobre asas de águia” (19.4). A partir do Decálogo, toda a Lei, com a sua evidente preocupação em defender o direito dos mais fracos (p. ex., 22.21-27), assenta o fundamento jurídico de uma comunidade criada para a solidariedade e a justiça e especialmente consagrada ao culto ao seu SENHOR, o Deus único e verdadeiro (caps. 25 – 31; 35 – 40).

Esboço:
1. Israel é libertado da sua escravidão no Egito (1.1 – 15.21)

a. Escravidão no Egito (1.1-22)
b. Nascimento de Moisés e primeira parte da sua vinda (2.1 – 4.31)
c. Moisés e Arão diante do Faraó (5.1 – 1.10)
d. Páscoa e saída do Egito (12.1 – 15.21)

2. Os israelitas marcham até o monte Sinai (15.22 – 18.27)
3. Aliança de Deus no Sinai (19.1 – 24.18)
4. Prescrições para a construção do Tabernáculo (25.1 – 31.17)
5. Bezerro de ouro. Renovação da aliança (31.18 – 34.35)
6. Construção do Tabernáculo (35.1 – 40.38)

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Fonte: Bíblia de Estudo Almeida
Copyright © 1999 Sociedade Bíblia do Brasil
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Texto bíblico:
Tradução de João Ferreira de Almeida
Revista e Atualizada – 2a. edição
Copyright © 1993 Sociedade Bíblica do Brasil